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A mostrar mensagens de dezembro 15, 2019
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Eu digo: as palavras certas na hora certa, fazem milagres. São vivas e reais, contam histórias adormecidas. Por vezes realidades ancestrais. Na raiz, as palavras, alimentadas com a “Palavra” Dão senso á Vida e ao viver. Árvores de troncos viçosos, com folhas cheias de verde Esperança. São loucas, por vezes, mas apenas aos olhos humanos. Julgamentos pessoais e sociais, quebram alguns ramos. E apressadas dizem e não dizem, mas falam sempre a verdade Quer escritas quer apagadas, elas bailam no pensar. Falam, choram, cantam e sorriem, elas dizem, sabem? Mentirosas as palavras? Não, nunca. Incertas? Sim, elas são certas e reais. Trazem sempre ao ouvido (no papel) o que o coração sente. O que de profund
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Em sítios limitados á minha existência. Deixei de subsistir no pó que sou Trégua de espaços lançados pelo vento. Átomos de mim, deixo na mão do Criador Nada sou...Mas Sou. Acção e contradição O enigma da razão Que nunca deixes de partilhar Se for a alegria produzirás alegria. Se for penas ficarás mais leve Palavras As palavras levam o vento. Elas caiem dum céu azul, brilhante. Iluminam a face do mundo. Estrelas que bailam diante dos meus, dos teus olhos. Tanta luz em cada palavra Arrebatam á sua frente Sentimentos . Os pensares? Ares do dizer e do fazer. Vão tão longe”. ...”As Palavras. O nosso povo diz: “Do dito ao feito vai um grande eito”
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Um silêncio que falava palavras Estas histórias podem parecer simples, banais e descabidas, mas têm a sua razão de ser no contexto de cuidados paliativos. A primeira faz especial referência à verdade. Nesta unidade lidamos muitas vezes com perguntas directas ou ambíguas que exigem da parte da enfermeira respostas claras verdadeiras e simples tendo em conta a sensibilidade, a angustia e a compreensão do doe nte. A segunda dá relevância dos saberes da enfermeira no que diz respeito à terapêutica e efeitos secundários da mesma valorizando os saberes de enfermagem na ciência do cuidar da dor, e também no discernir problemas que tantas vezes estão escondidos por traz de certas frases ou de certas atitudes do paciente. A terceira fala-nos
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Duma rosa que ainda hoje cora. Como que Saídas lá do alto mais profundo. Pétalas desfolhadas, sobre aquele mar Numa extrema sujeição de tudo. Assim. Em lábios, fechadíssimas...” palavras”. Numa sombra desconhecida Uma estrela a arder no azul, Reforça o firmamento. Palavras bebidas E pelo nevoeiro da tarde. Acorda de repente no céu Um vulto pálido de espuma Ouvindo pensares sem pertença Sobrevoando infinitas mágoas,        Aparece uma lágrima perdida naquela nuvem, Abraçando um tronco verde Esperança Caídos num lago imenso No marulhar das águas Os abismos das coisas que negas . Promessas perdidas em versos errantes.. É a vida?  Principio, Continuidade, (
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV SUBLIME ESSÊNCIA O sol espreita pelas vidraças e deixa umas restes nos cantos dos quartos, e as sombras contrastam com os silêncios que gritam pensamentos. Madame Marie sentada no sofá lê o livro “A Vida Para Além Da Vida”. -Já o leu? Pergunta-me ela. -Sim, li. - Acredita no que está aqui escrito. -Acredito. E com os olhos fixos naquele olhar onde bailam um amontoado de imagens deixo que os gestos que levo, introduzam de novo palavras no silêncio desta leitura... Tento lembrar-me de algumas passagens. E ao sair do quarto transbordo pensamentos para o exterior e num falar por falar, digo: - Aprenda bem o que está aí escrito e quando precisar estou aqui para ajudar.... -Ajuda-me? Quando estiver na hora chame por mim r
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV A dor moral, que afecta a alma e o corpo...essa, nem sempre nos apercebemos dela, mas ela corrói a alma e destrói o corpo isso eu sei. Ou muitas vezes nós enfermeiros até a detectamos mas o tratamento implica tantos “remédios” que nos sentimos incapazes de acção. Eu chamo a isto: “o paciente está socialmente desconfortável”. . Lembro-me daquela Senhora Andina, que no dia de Natal encontrei a chorar. Como é óbvio perguntei: tem dores? A resposta foi rápida, e foi: não. Perguntei: então porque chora? As razões estavam lá como agulhas a picar os sentimentos de abandono “ Tenho sete filhos e hoje que é dia de Natal e que faço anos, nenhum se lembrou de mim.” Concluo que muitas vezes não conseguimos dar conforto, e a frustração apoder
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV ESPERANÇA SEMPRE Quando nos deparamos com o imprevisto, é aí que muitas vezes se pára e se começa a ver e a sentir o verdadeiro sentido da vida. Aprecia-se a saúde que se tinha e pensa-se em lutar pela cura, uma cura que muitas vezes ultrapassa o entendimento dos peritos na matéria. Mas a Esperança é sempre um objectivo que nunca se apaga nem mesmo com o peso da luta. Será que a doença de um familiar neste caso, o cancro é motivo para desanimar, se sentir frustrado? Sim é motivo para   ficar muito triste, mas por outro lado o que se tem que pensar é: Quem está doente eu familiar acompanhante, ou o outro? Talvez sejam duras as minhas palavras mas poderão ser úteis num processo de acompanhamento que se quer digno e humano. Tudo isto s
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Foi Tudo Tão Rápido E por último a Esperança dum derradeiro apertar de mão, sem palavras? Sim foi... e então o que significa mais este aperto de mão? Bom dia como está? Talvez até à próxima,... Talvez a pouca força que me resta deposito-a na tua mão. A vida é coisa pouca mas é tanto ainda para compreender... Deixando depois “Aquela palidez de neve angélica” Descida duma montanha mais alta sobre aquele rosto sereno. Acabou. Será que acabou? Não a vida continua È este último cuidado prestado pela enfermeira(o) em que o único remédio neste caso é injectar paz e tranquilidade para que estes últimos instantes da partida se passem com serenidade. Isto é apenas uma partilha nada que seja estatisticamente comprovado mas experiências vividas que fica
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV Dedicado e assinado para ti... De repente, falta-me a tinta e as palavras. O sentir não sabe escrever.   Age. Abro páginas e páginas... Escreveram tanto? Escrevi tanto, Vivi tanto... Senti tanto... Amei muito...Amo e Amarei. Sempre e para Sempre Nada reteve. Apenas assinei. Nada disse: Falou o coração. Poupei silêncios e juntei ilusões Resmas de dúvidas... Agora verdades, “sins” e “nãos”. Tudo verdade. Neste carrossel da vida. Espalharam-nas sim. Tentei apanhá-las, sabes? Voaram minhas... As palavras na ilusão dum castelo iluminado. Descalcei as luvas, peguei em mim e olhei-me bem nos olhos. Vi o reflexo do, tal qual eras foste e serás. O Segredo pousou de galho em galho. Não desistas, dizia ela. Ti
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV    “Respeitar a solidão de quem fica” UMA FILHA QUE ACABOU DE SE DESPEDIR DA MÃE  Aqueles gritos estridentes deixaram-me trémula , pensei: de onde vem tanta dor ?   Não quero ficar só . Aqueles soluços vinham silenciar gemidos nesta hora de pranto. Mãe, só te tenho a ti és a minha única família, tu não vais deixar-me, é através de ti que eu ainda vivo. Já não disfarço mais, já não culpo ninguém, as pessoas aproximam-se de mim, mas eu quero estar só, mas tenho medo. Enquanto olho o teu corpo indefeso nesse leito, eu pergunto-me, mas porquê? - eu Deus, eu rezei, aos santos todos, aonde estão eles agora? -Mãe ainda és tão jovem... De um momento para o outro os teus olhos fecham-se, o teu sorriso apaga-se e é o fim. É-me in