
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV A ULTIMA ESPERANÇA Há dias em que o sol nasce só para nós Aqueles em que os segundos, navegam entre os dedos da Esperança Um sol de passagem, como vento novo que passa. Hoje esqueço tudo, apenas me agarro a este olhar Lá fora o Universo solta-se, canta, ora é dança. Aqui vive-se uma nova Esperança Já não sei se és caudal, margem ou barca à deriva. Fronteira ou um novo mundo? Sei que fazes parte de mim. Encontrei o do rosto que me serena Esqueci o enigma que há em ti mas sei que: Há momentos tão fortes que se passam entre dois olhares que valem horas e horas de palavras. Esses momentos são um dar e receber. Lembro-me tantas vezes do olhar de despedida dos meus pacientes antes de partirem Tantas vezes gratidão...