BANALIDADES
Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV _Falava cá comigo, e, de repente, assim como que a minha voz interior dizia-me: -Anda escreve. Banalidades, claro, porque a vida é assim, cheia de banalidades e eu escrevo-as, ou antes descrevo-as e até as repito, porque gosto, mas nem sei porquê..., e já avançada na conversa, entre mim e "eu" decidimos valorizar a Vida. Ao desfilar da escrita iam saindo palavras tais como: "Vida?" "Morte"? "Nada"? "Tudo"? e estas palavras pareciam-me interligadas, quase que irmãs, tinham um som enorme, uma amplitude extra ordinária , eram Vida. Estranho, mesmo muito estranho, de um momento para o outro são palavras assim, que rodeiam a Vida? Acontece ... e isto também é vida, mas em ciclo no qual ela se transforma em morte e