Aí ... mas de que serve imaginar
Regiões onde o sonho é verdadeiro
Ou terras para o ser atormentar ?
É elevar demais a aspiração,
E, falhado esse sonho derradeiro,
Encontrar mais vazio o coração.
Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV
E..
E..
Precisamos criar pontes, como se as pontes nascessem...
Sim,
elas nascem e projectam-se, instalam-se e fazem a passagem. Não seria só o betão puro, algo mais seguro?
As
grandes rochas, cortadas em pedras de ângulo numa construção dão um lanço para o futuro.
Hino à vida
A Vida é preciosa
e porque não tem preço, apresso-me a senti-la, abraçá-la e acolhê-la a cada
passo. Neste instante pulsa-me o coração em sintonia com tantos outros ao mesmo
ritmo e com o mesmo bater.
O
tom? É o mesmo. Mas este aqui é o de um bater mais lento, vem-me agora mais
sentido, mais batido. Oiço-te sim...
Ai
se soubesses apreciar estes momentos, em correntes de água viva, o quanto o
mundo dos teus mundos passaria de efémero a duradouro.
E
porque é eterna esta verdade, adormeço na margem deste rio, embalada pela água
que canta e me leva na corrente. Oh mente, caminha, navega, vai, sente, atravessa
para a outra margem.
Leva
contigo o teu destino.”
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