Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV

A felicidade é o canto mais digno das certezas da vida.
O prazer é o cântico da liberdade”

Por vezes, a Utilia questionava-se qual a razão para tanto escrever.

Sussurra-lhe o pensamento coisas que nunca pensou que existiriam no meio de tanta luta.
Aprendeu com Domninque  a respeitar as crenças de cada um.
Concluiu que teria sempre de ir mais longe do que ela própria e que o acompanhar é sempre uma partilha em que se recebe muito mais que aquilo que se dá.
...
 Na soma da totalidade dos nadas, supre fulos, assombrados pela ilusão do que satisfaz temporariamente, quero o Eterno Imutável, a Segurança da Paz Interior que segura sempre os pilares das construções duradoiras.

Vagueio por momentos nos recantos da existência, algures esquecida
Rica de tudo, e cheia de sabores do tempo, cheiros sazonais.
Primaveras floridas, Verões escaldantes, Invernos á lareira e os Outono da colheita.

Rios de “Água Viva” aonde foram dar os riachos das minhas lágrimas.

Por momentos numa saída inesperada
 Pego no verde esperança que Te rodeia
Cortá-lo aos bocados seria um crime.

Fica com ele apalpa-o mais uma vez

Hoje por este caminho mais intimo tropeço em Ti 
Sinto-Te, dentro de mim numa corrente sem voz.
Palmilho o fugaz mundo que me rodeia, olhos fechados.

Reconheço palmo a palmo a viela que me apontas

Também tem feridas, estas do mundo mudo e surdo
Remoinhos de tempestades, em certas vidas passadas.

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