Aí ... mas de que serve imaginar Regiões onde o sonho é verdadeiro Ou terras para o ser atormentar ? É elevar demais a aspiração, E, falhado esse sonho derradeiro, Encontrar mais vazio o coração. Fernando Pessoa, in Soneto XXXIV


O tempo passou e ninguém mais se lembrou, de que havia violetas a crescer e a florir na Primavera.

AI A VIDA
Viu-se o dia e a noite, mas apenas se conseguiu identificar a o Sol e a Lua, a noite ficou sem estrelas e sem luar, tornou-se mais longa que o dia e o Sol que tanto mérito teve acabou por filtrar a sombra e finalmente queimou os cordões da vida que agora se encontra apenas presa por um fio.

Penso naquele paciente que vendo aproximar a morte se lembra que tem algo ainda para fazer, queria falar com a filha, que não reconheceu durante a vida.


Ai a morte...
Move-se no Outono que chegou com as folhas amareladas, cai como os sonhos dependurados por alfinetes nos cordões do tempo.

O tempo está a passar, ainda há tempo no tempo e o aqui e o agora, o presentemente é diferente, está num feixe de vento que pressa sussurrando os segredos da Eternidade, em que as vozes são os pensamentos, dos ais das não ditas palavras.

Eu como enfermeira digo-vos que as pedras de canto desta ponte de passagem para a outra margem são o AMOR e a PAZ sei que pelo amor todas as portas se abrem.

A Dra. Maria Goretti Sales Maciel, diz-nos que o conceito de dor hoje mundialmente usado é o da Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP).
Ela afirma que a dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, associada a dano presente ou potencial, ou descrita em termos de tal dano.

Este conceito avança na direcção de admitir que a dor é uma experiência única e individual, modificada pelo conhecimento prévio de um dano que pode ser existente ou presumido.

Eu acho que definir conceitos é complexo, é mesmo muito difícil e quase impossível porque a meta final é o infinito, o espiritual, é aquilo que não vejo mas constato os resultados.”

Sinta a eloquência das palavras e irá compreender os factos.

“Admitir a importância do alívio da dor desde o início do tratamento de uma doença até às últimas horas de vida é condição fundamental para todos os que trabalham com doentes em qualquer especialidade. O conhecimento do seu controle deve ser parte da formação obrigatória de todos os profissionais da área de saúde. Sobretudo do médico, responsável pela prescrição de medicamentos imprescindíveis para o seu alívio.”



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